sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cura da Aids

Médicos norte-americanos anunciaram que conseguiram curar um bebê, que tinha o vírus do HIV. Leia a reportagem do jornal O Globo aqui, e a do Estadão aqui.
A menina nasceu em um hospital rural do Mississippi, logo após a mãe ser diagnosticada com o vírus e não ter adotado qualquer medida profilática durante a gravidez, no sentido de evitar a transmissão do HIV ao feto. Por isso, os médicos resolveram transferir o bebê para o Centro Médico da Universidade do Mississippi, para que pudesse receber um tratamento adequado, uma vez que se constatou que também era portador do vírus.

A menina foi submetida a um tratamento precoce com o coquetel antirretroviral. Quando tinha apenas 30 horas de vida, recebeu três drogas anti-HIV. Os médicos consideram que isso levou à cura da criança, uma vez que provavelmente impediu a formação de reservas virais, conjuntos de células adormecidas e que não são atingidas por medicamentos comuns.
Exames posteriores mostraram que o vírus estava diminuindo até que aos 29 dias de vida, não era mais encontrado no organismo do bebê. O tratamento convencional prosseguiu até que a menina completasse 18 meses e a criança, depois disso, foi monitorada por mais dez meses, sem medicação. Exames de sangue feitos, um ano depois de as drogas, que eram ministradas à criança serem suspensas, não evidenciaram qualquer sinal do vírus, o que demonstra a sua remissão completa.
Esse é o primeiro caso, em que se verifica a remissão completa do HIV em um tratamento específico, diferentemente do que ocorreu com o que ficou conhecido como “paciente de Berlim”, Timothy Ray Brown, cuja infecção pelo vírus foi erradicada com um tratamento complexo para leucemia em 2007. No caso, Timothy recebeu células-tronco de um doador, que possuía uma mutação genética, que o tornava resistente ao vírus.
No Brasil, a profilaxia contra a transmissão vertical do HIV, que ocorre de mãe para filho, é feita ainda na sala de parto ou nas duas primeiras horas de vida, em que o bebê recebe AZT. As drogas são ministradas ainda que a mãe não a tenha tomado durante a gravidez.
Ainda é muito cedo para anunciar a cura da AIDS, mas, certamente, esse caso, apesar de ainda demandar uma série de testes, mudará a forma de tratamento de bebês de alto risco e à longo prazo, nos traz a esperança da cura da doença.

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